segunda-feira, 18 de junho de 2007

O erro de Descartes

Hoje sinto-me como António Damásio (autor do livro "O erro de Descartes) ao vir aqui denunciar o maior erro de Descartes.


Este filósofo usou o célebre cógito cartesiano ("penso, logo existo") para provar que Deus existe, através do conceito de que Deus é perfeito e sendo perfeito era impossivel não existir.


Mas eu não estou aqui para falar de religião e nem é minha intenção provar se Deus, ou Buda ou Alá existem.


O ponto fulcral que eu venho aqui questionar, é o conceito de perfeição que Descartes nos apresenta, ou seja, Deus é perfeito pois é bondoso, omnisciente, omnipresente, etc.


Na minha modesta opinião este conceito de perfeição é errado pois, para mim, a perfeição consiste num dia solarengo de verão, sentado numa esplanada a enfardar caracóis e imperiais.


É aqui que entram as contradições entre a minha teoria e a teoria cartesiana pois os caracóis não são bondosos (são apenas bons), não são omnipresentes (infelizmente só dá para os comer em altura de calor) e espero que não sejam omniscientes pois custa-me imaginar que eles saibam o que eu penso quando os tou a comer. E, mais grave ainda, em nenhuma parte da filosofia cartesiana é mencionado o nectar dos deuses que um dia alguém decidiu produzir através da fermentação da cevada. E digo nectar dos deuses porque existe inclusivé uma deusa da cerveja. Desengane-se quem pensa que eu vou dizer que é a Ivete Sangalo (alguém se lembra do anúncio da sagres chop?). A deusa de que estou a falar é Ninkasi, a deusa sumeriana da cerveja.


Despeço-me com a nota de rodapé de que não tenho nem nuca tive pretensões de ser escritor ou filósofo, sou apenas um apreciador dos prazeres da vida que gosta de mandar uns bitaites e umas postas de pescada.




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